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Níveis de suporte no Transtorno do Espectro Autista (TEA) e sua relevância no diagnóstico

Conheça os níveis de suporte no Transtorno do Espectro Autista (TEA) e sua crucial relevância no diagnóstico. Descubra como entender e abordar as necessidades individuais de cada pessoa dentro do espectro autista!

 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica complexa que afeta o desenvolvimento e impacta a comunicação, interação social e comportamentos.

Para diagnosticar o TEA e determinar o melhor plano de intervenção, é crucial entender os diferentes níveis de suporte que podem ser aplicados. 

 

Esses níveis oferecem uma estrutura para avaliar o funcionamento e as necessidades individuais, ajudando os profissionais a identificar e classificar os sintomas associados ao TEA. 

 

Neste texto, explicaremos em detalhes os níveis de suporte no TEA e como eles são fundamentais para um diagnóstico preciso.

 

O que são os níveis de suporte no TEA?

Os níveis de suporte no TEA referem-se a uma classificação utilizada para descrever o grau de assistência necessário por uma pessoa com TEA em diversas áreas da vida. 

 

Esses níveis são uma parte essencial da avaliação diagnóstica, pois ajudam a determinar a intensidade e o tipo de intervenções necessárias. Os níveis de suporte são geralmente baseados na gravidade dos sintomas e no impacto que o TEA tem nas habilidades diárias e no funcionamento social do indivíduo.

 

Classificação dos níveis de suporte

Os principais níveis de suporte no TEA frequentemente referenciados são os seguintes:

 

Nível 1 de suporte – Leve

Indivíduos neste nível precisam de suporte mínimo. Eles podem apresentar dificuldades sociais óbvias, especialmente em situações novas, mas geralmente conseguem funcionar de forma independente na maioria das áreas da vida cotidiana. Podem precisar de orientação e apoio em situações específicas.

 

Mesmo que tenham um nível maior de autonomia para algumas tarefas, vale lembrar que o autista de suporte 1 não é “menos” autista do que uma pessoa de suporte 2 ou 3. O autista de nível 1 sente impactos consideráveis do transtorno em seu cotidiano, e continua precisando de terapias e acompanhamento profissional.

 

Nível 2 de suporte – Moderado

Neste nível, os sintomas do TEA apresentam déficits mais marcantes na comunicação. Geralmente, os indivíduos apresentam comportamento social atípico, rigidez cognitiva, dificuldade em lidar com mudanças e hiperfoco (um interesse intenso por objetos, pessoas ou temas específicos). 

 

No âmbito da conversação, há déficits significativos, caracterizados por respostas limitadas ou consideradas atípicas. Mesmo com algum suporte, as dificuldades de linguagem são evidentes e a iniciativa para interagir com os outros é limitada.

 

Nível 3 de suporte – Severo

Nesse caso, o indivíduo enfrenta dificuldades significativas em suas atividades diárias e apresenta um severo déficit de comunicação, com pouca resposta às interações sociais e limitada iniciativa para iniciar conversas. 

 

Além disso, podem exibir comportamentos repetitivos, como balançar o corpo ou girar objetos, e demonstrar grande estresse ao serem solicitados a mudar de atividade.

 

Pessoas no nível 2 e 3 de suporte também têm uma maior incidência de condições coexistentes, como depressão, TDAH, TOD, TOC, ansiedade, epilepsia, distúrbios do sono, dificuldades de fala, problemas gastrointestinais, deficiência intelectual e dificuldades de coordenação motora.

 

Como os níveis de suporte auxiliam no diagnóstico

Os níveis de suporte desempenham um papel crucial no processo de diagnóstico do TEA por várias razões:

Identificação de sintomas: Permitem uma avaliação mais detalhada dos sintomas apresentados pelo indivíduo, ajudando a diferenciar entre diferentes condições ou graus de comprometimento.

 

Personalização do tratamento: Facilitam a criação de planos de tratamento individualizados, adaptados às necessidades específicas de cada pessoa com TEA.

 

Previsão de prognóstico: Os níveis de suporte fornecem insights sobre o prognóstico e a progressão do TEA, auxiliando na previsão do desenvolvimento futuro e na identificação precoce de desafios potenciais.

 

Compreensão da funcionalidade: Permitem uma compreensão mais clara do funcionamento diário e das habilidades adaptativas do indivíduo, orientando a seleção de intervenções adequadas.

 

Processo de avaliação e diagnóstico

Durante o processo de avaliação para determinar o nível de suporte no TEA, são considerados diversos aspectos, incluindo:

Entrevistas e observações: Os profissionais realizam entrevistas detalhadas com pais, cuidadores e, quando possível, com o próprio indivíduo, além de observações diretas do comportamento em diferentes contextos.

 

Testes padronizados: Utilizam-se escalas e instrumentos padronizados para avaliar habilidades sociais, comunicação, comportamentos repetitivos e interesse por atividades específicas.

 

Histórico de desenvolvimento: Avalia-se o histórico de desenvolvimento desde a infância até o presente, considerando marcos de desenvolvimento e eventos significativos.

 

Conclusão

Os níveis de suporte no TEA desempenham um papel fundamental na compreensão e no diagnóstico preciso dessa condição complexa. Eles permitem uma abordagem mais personalizada e eficaz no tratamento e na intervenção, visando melhorar a qualidade de vida e promover a independência funcional dos indivíduos com TEA. 

 

Ao reconhecer e compreender os diferentes níveis de suporte, os profissionais de saúde e educadores podem oferecer o suporte necessário para maximizar o potencial de cada pessoa com TEA e promover sua inclusão e bem-estar na sociedade.

 

 

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