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Qual médico e exame detecta Autismo?

Identificar sinais de autismo por meio de testes pode ser útil para avaliar características comportamentais usando diferentes instrumentos ou escalas diagnósticas. 

 

No entanto, é importante ressaltar que ainda não existem testes definitivos para o diagnóstico de autismo, nem exames de imagem ou de sangue que possam confirmar com absoluta certeza. Embora haja alguns genes relacionados ao autismo, a maioria ainda está em fase de estudo.

É fundamental lembrar que os testes para autismo não substituem o diagnóstico, que deve ser realizado apenas por um médico especialista.

 

Testes e diagnósticos

Existem instrumentos que mostram que pode haver (ou não) sinais, mas esses instrumentos não são determinantes ou suficientes para a realização sólida e segura do diagnóstico. Assim, são ferramentas que podemos usar para verificar possíveis comportamentos e sinais de autismo.

 

Dessa forma, as escalas podem ser úteis para aqueles (pais, professores, médicos) que cuidam de crianças de pouca idade e precisam de informações para identificar sinais e traços precoces, pois quanto mais cedo se iniciar a intervenção, melhor será para a recuperação das crianças autistas.

 

Nesse sentido, esses instrumentos servem para os pais saberem o que as crianças estão fazendo de menos, mediante o marco da idade de outras crianças da sua idade. Por isso, são úteis e aconselháveis. Contudo, não substituem o diagnóstico que apenas profissionais capacitados podem fazer.

 

As particularidades de cada um e sua importância no diagnóstico

O autismo é um espectro que se manifesta de maneiras diferentes em cada pessoa, cada uma é única e pode apresentar uma variedade de nuances. Por exemplo, não é correto pensar que crianças autistas não são carinhosas, pois muitas são muito afetuosas. Da mesma forma, algumas crianças autistas podem fazer contato visual.

 

É importante evitar generalizações ao considerar os sinais de autismo. Pais que pesquisam sobre características na internet e não encontram muitas delas em seus filhos podem erroneamente acreditar que não há motivos para preocupação. Cada criança no espectro pode apresentar diferentes sinais e comportamentos, por isso é essencial consultar profissionais capacitados em vez de tentar fazer um diagnóstico por conta própria.

 

É mais benéfico reconhecer e aceitar as dificuldades que nossas crianças enfrentam, em vez de negá-las. Isso nos permite oferecer o apoio necessário. Mesmo que o diagnóstico não seja confirmado, ainda é possível buscar maneiras de promover a autonomia da criança. É aconselhável procurar ajuda para lidar com os comportamentos que se destacam e que diferem do esperado para o desenvolvimento da idade da criança.

apoio familiar no diagnóstico TEA

 

Avaliação comportamental

A equipe multidisciplinar realizará uma avaliação comportamental abrangente para identificar quaisquer atrasos ou lacunas no desenvolvimento relacionadas ao espectro autista da criança. Esta avaliação examinará as dificuldades e habilidades da criança em várias áreas, incluindo cognitiva, social e comunicativa.

 

Essa avaliação é crucial não apenas para identificar atrasos, mas também para estabelecer uma linha de base que nos permitirá monitorar o progresso da criança ao longo do tratamento e ajustar as terapias conforme necessário.

 

Testes e escalas

Nos últimos anos, temos observado um aumento significativo no número de crianças diagnosticadas com autismo. Em 1980, a prevalência era de 1 em cada 10.000 crianças. Hoje, essa taxa aumentou para 1 em cada 36 crianças. Esse aumento merece nossa atenção e destaca a importância de estarmos bem informados.

 

Vamos explorar quais testes e avaliações podem nos auxiliar no diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

 

Escala CARS

A Childhood Autism Rating Scale (CARS) é um teste utilizado para distinguir diferentes níveis de autismo, incluindo casos leves, moderados e graves, além de ajudar a diferenciar crianças autistas de crianças com deficiência intelectual. Esta escala consiste em 15 itens que identificam sinais de autismo e os diferenciam de outros distúrbios do desenvolvimento. 

 

Ao contrário da M-CHAT, a CARS é recomendada para crianças com mais de 2 anos de idade. Os escores em cada item variam de 1 (normal) a 4 (sinais autistas graves), resultando em uma pontuação total que varia de 15 a 60. O ponto de corte para o diagnóstico de autismo na CARS é geralmente estabelecido em 30 pontos.

 

Escala M-CHAT

A Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT) é uma ferramenta de triagem precoce desenvolvida para identificar sinais precoces de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças com idade entre 18 e 24 meses. A aplicação é feita com os pais ou cuidadores da criança e sua simplicidade permite que qualquer pessoa possa aplicá-la.

 

Check list do Modelo Denver

Descrita no livro Intervenção Precoce em Crianças com Autismo, do Modelo Denver de Intervenção Precoce, essa ferramenta inclui centenas de comportamentos que podem ser avaliados para elaborar um programa de intervenção personalizado para a criança.

 

O método abrange áreas cognitivas fundamentais, como comunicação expressiva e receptiva, imitação, habilidades motoras, interação social e outras. Essa abordagem permite traçar o perfil da criança e compará-la ao estágio de desenvolvimento esperado para sua idade.

 

VBMAPP

Trata-se de um protocolo de avaliação que identifica comportamentos a serem trabalhados no desenvolvimento da criança em cada fase. É um método amplamente estudado e com eficácia comprovada, especialmente para identificar pré-requisitos verbais e barreiras de aprendizagem que possam afetar o desenvolvimento da criança.

 

Este instrumento avalia uma variedade de comportamentos e concentra-se principalmente nas habilidades relacionadas à comunicação verbal.

 

Escalas ADOS 2 e ADIR

São escalas de avaliação diagnóstica muito importantes, solicitadas na maioria dos artigos científicos de padrão internacional. Podem ser utilizadas para dar diagnóstico. É preciso ter capacitação para aplicar, pois são bastante complexas.

 

o autista e a família

Não espere para começar as terapias

Mesmo quando o diagnóstico de autismo ainda é apenas uma desconfiança, é importante buscar recursos terapêuticos que ajudem o pequeno a desenvolver as áreas em que já foram identificados alguns atrasos.

Quanto antes as estimulações começarem, melhor!

 

Construa uma rede de apoio

Além dos profissionais, é vital construir uma rede de apoio pessoal. Conecte-se com outros pais de crianças autistas por meio de grupos de apoio locais ou online. Compartilhar experiências, informações e recursos com outras famílias pode ser incrivelmente reconfortante e educativo.

 

Não se esqueça de envolver familiares próximos, amigos e educadores da escola de seu filho. Eduque-os sobre o autismo e como podem oferecer suporte significativo à criança em seu ambiente cotidiano.

 

Família capacitada

É fundamental que pais e cuidadores de pessoas autistas busquem constantemente ampliar seu entendimento sobre o transtorno. Isso permite compreender melhor os comportamentos, limitações e desafios enfrentados pela pessoa autista. 

 

Além disso, é essencial informar-se sobre os recursos legais disponíveis para indivíduos no espectro do autismo, incluindo leis e direitos que promovam a inclusão, autonomia e respeito.

 

A busca por conhecimento não deve se restringir apenas aos pais. Irmãos, tios, avós e todos os que convivem com a criança devem estar dispostos a compreender a condição e se capacitar para apoiá-la ao longo do processo terapêutico. 

 

Quando toda a família está alinhada nesse propósito, as chances de sucesso das terapias aumentam significativamente em comparação com situações em que apenas algumas pessoas estão verdadeiramente engajadas.

 

Cuide de você e da sua família

Entendemos que receber um diagnóstico pode ser impactante para alguns pais e cuidadores. É natural que muitos se sintam desorientados e concentrem toda a sua atenção na criança autista.

 

Embora seja crucial iniciar o processo terapêutico o mais cedo possível, é igualmente importante lembrar-se de cuidar dos outros membros da família e de si mesmo. 

 

Priorizar suas relações, bem-estar e saúde física e emocional é fundamental e tem um impacto significativo no desenvolvimento de seu filho, seja ele autista ou não!

 

Celebre os progressos

Por fim, lembre-se de celebrar cada conquista, por menor que seja, ao longo da jornada de seu filho. O desenvolvimento pode ser gradual, mas cada passo adiante merece reconhecimento e comemoração. Esteja presente e receptivo às necessidades e interesses individuais de seu filho, e celebre suas habilidades únicas.

 

celebre as conquistas

 

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